As Cores Áuricas

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A aura tem uma cor genérica fundamental similar aos vitrais das catedrais, mas as cores, no entanto, mudam continuamente sobre o horizonte do quadro áurico.


É um espetáculo notável ver pela primeira vez uma aura humana porque, conforme mudam as emoções, os pensamentos e o estado de ânimo do ser, assim cruzam por sua aura raios coloridos que se juntam, misturam e estalam.

Cada pensamento, cada emoção, cada função subconsciente, cada impulso orgânico, é registrado na aura. Continuas radiações de luz saem do ser humano e se quebram em cores em seu espectro áurico. As cores fundamentais são: o vermelho, o azul e o amarelo. As secundárias são: o verde, o alaranjado e o violeta e as cores adicionais são: o branco e o preto.

 

O preto em si não é cor, senão a ausência de toda cor. Isto é relativo a este plano, onde, ao olhar com os olhos físicos, vê-se um preto que é relativamente carente de toda cor, pois há um preto muito mais intenso. O mesmo se pode dizer do branco, que é a síntese de todas as cores. As cores físicas e astrais se mesclam na aura, formando uma cor característica. A cor sempre foi estreitamente relacionada com os símbolos religiosos e espirituais; e as instituições religiosas até adotaram o colorido para conseguir um maior efeito psíquico e moral em seus respectivos cultos.

As Cores Áuricas

A igreja cristã, e especialmente a católica, veste os sacerdotes com a dalmática vermelha, na festa dos mártires; com a verde, no tempo comum do ano, no tempo do sossego; de violáceo, quando comemora a paixão de Cristo e as dores de Maria; e de ouro brilhante, nas festas solenes e de alegria. Isto indica que os antigos sacerdotes conheciam a influência das cores, pois as viram no espectro astral. Como não haveriam de conhecer as admiráveis cores da aura, aqueles artistas clarividentes que criaram os maravilhosos vidros das catedrais góticas!

Serão descritas agora as diversas cores, segundo as emoções que as determinam, para que se tenha uma vaga ideia de como é a aura do ser.

VERMELHO

Uma paixão violenta, uma ira irrefreável, um desejo irresistível, colorem a aura com um vermelho arroxeado e, se a estas emoções se une o impulso criminoso, este vermelho arroxeado se cobre como se uma densa fumaça se houvesse levantado. Mas nem sempre este vermelho é negativo e mau, porque uma nobre paixão se tinge de púrpura, assim como uma nobre indignação e um forte desejo de bem. Ademais, é a cor do sangue, ou melhor, da vitalidade do sangue, símbolo da emotividade em sua mais alta expressão; mas, quanto mais abnegado e puro se torna o amor e as emoções, tanto mais se mesclará o vermelho com o branco, até chegar a uma formosa cor rosa pálido, cor esta característica de muitas virgens.

AZUL

A mente, em suas elevações até alcançar o espírito, costuma se adornar com esta cor; por isso, a devoção, o amor ao estudo, a reflexão filosófica e a arte do bem pensar em geral, colorem a aura com o azul do céu. Mas a teimosia nas próprias ideias, a intolerância, a forte e sustentada separatividade de credo dão à aura uma cor de ardósia. Da mesma forma, o nobre pensador que se fossiliza em suas ideias, o crente que se fanatiza em sua religião, vibram com cor anil.

AMARELO

Esta é a cor dos grandes e ecléticos pensadores, dos instrutores espirituais, dos grandes místicos e de todos aqueles que vislumbram a Sabedoria Eterna.

VERDE

Um bom estado de saúde, o amor à natureza e à vida livre do campo, um estado de ânimo sossegado e pouco especulativo vestem a aura de verde, que se torna mais brilhante quando estas virtudes aumentam. Mas o preguiçoso, aquele que se abandona, com perigo de cair na inércia e na indigência, tem uma cor azeitonada, podendo chegar ao verde acinzentado, próprio dos histéricos e dos invejosos.

ALARANJADO

A aura do homem inteligente, mas que se envaidece de seu saber, do orgulhoso, se adorna de alaranjado. No soberbo, esta cor se transforma em um tom alaranjado avermelhado, enquanto que no que se elogia com justa razão, a cor é ouro velho.

VIOLETA

Esta cor acompanha muito os artistas e as mulheres em seu melhor aspecto. Denota um conjunto de virtudes transplantado do mundo real ao campo do ideal. É muito fácil ver esta cor nos jovens, que ainda não estão curtidos pelas lutas da vida, e nos anciãos que já sossegaram suas paixões.

BRANCO

Quanto mais adiantado está o ser, tanto mais branca e brilhante é sua aura; mas esta cor nunca falta, em maior ou menor proporção, em nenhum ser.

PRETO

O preto acompanha todas as ações negativas e dá maior realce às más cores; mas também uma grande dor, um momento de amnésia, podem tingir a aura completamente de preto. A depressão, a tristeza e um forte desalento vão acompanhados do cinza. Não são somente estas cores que se veem na aura, mas muitas outras que produzem as diferentes combinações.

 

Texto Original de Santiago Bovisio

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